Pequeno Manual de Evoki para Iniciantes

Olá Evoker, vamos começar com…

Evoki não é uma tradição, uma religião ou uma filosofia de vida. Contudo, é uma maneira de viver, uma síntese de práticas e saberes que moldam a forma como nos comportamos e nos relacionamos com o mundo ao nosso redor. O termo “Evoki” é uma adaptação da palavra “evoke”, que no crioulo haitiano significa “evocar”, ou seja, chamar algo à existência.

Neste artigo, exploramos o conceito do Evoki, sua origem, seus pilares e como ele se posiciona entre práticas como o Voodoo, o Hoodoo e a bruxaria contemporânea. Evoki é uma abordagem de vida que integra elementos espirituais e práticos, sem se prender a dogmas ou rituais fixos, permitindo uma jornada de autodescoberta e transformação.

A Natureza do Evoki

Evoki representa uma mescla do que fazemos e aprendemos ao longo de nossas vidas como bruxas, e do que observamos em práticas como o Voodoo e o Hoodoo. Em vez de ser uma cópia ou uma adaptação de outras tradições, Evoki é uma maneira personalizada de viver e interagir com o mundo. Ele reflete quem somos, nossas experiências e a forma como nos apropriamos dos conhecimentos adquiridos.

Essa personalização, no entanto, não implica em uma mudança dos fundamentos das tradições ancestrais que inspiram o Evoki. Como exemplificado no caso do Hoodoo, não é possível simplesmente adaptá-lo ao nosso gosto, transformando-o em algo como “Rudu”, pois essas práticas estão profundamente enraizadas em culturas e povos específicos. O respeito à origem dessas tradições é fundamental.

Voodoo e Hoodoo: Inspirações para o Evoki

Embora o Evoki integre elementos do Voodoo e do Hoodoo, é importante diferenciar os tipos de práticas envolvidas. O Voodoo no Haiti é uma religião ancestral que requer iniciações realizadas em sua terra-mãe. Os Loas, espíritos do Voodoo, estão profundamente conectados à natureza do Haiti, assim como os espíritos do folclore brasileiro, como o Saci e a Iara, pertencem ao Brasil. Essas entidades não são meramente simbólicas; elas são manifestações vivas das forças naturais. No Voodoo, o Loa não é um espírito oculto por trás de um rio, ele é o rio, a água, os peixes. Tocar a água é tocar o Loa.

No Brasil, o Voodoo sacerdotal, que exige total dedicação, é praticamente impossível. A realidade econômica e social não permite que uma pessoa viva exclusivamente para o Voodoo, como ocorre em comunidades haitianas. Já o Hoodoo, por outro lado, é uma prática mais flexível e próxima da nossa realidade, e no Evoki ele se adapta ao contexto brasileiro.

O Hoodoo, historicamente, surgiu como uma prática de auto-defesa para proteger os negros dos abusos dos brancos. Ele nasceu em Nova Orleans, como uma fusão de práticas do Voodoo com conhecimentos indígenas e europeus. No Evoki, o Hoodoo assume uma característica muito mais ligada à terra, respeitando seu propósito original e evitando sua comercialização ou exploração indevida.

A Distância da Bruxaria Moderna

O Evoki também se distancia da imagem comercial e ritualística que a bruxaria moderna adquiriu. A figura da “bruxa sacerdotisa”, que precisa invocar deuses para realizar seus desejos, contrasta com a visão do Evoki. Nele, a magia não depende de forças externas, mas da própria manipulação da energia por parte do praticante. Ser bruxa no contexto do Evoki é assumir o controle da magia sem precisar se ajoelhar diante de deuses ou seguir preceitos que restringem sua liberdade de ação.

Os Pilares do Evoki

O Evoki se sustenta em três pilares principais:

  1. Voodoo Observacional: Uma abordagem do Voodoo que reconhece a presença dos Loas nas forças naturais ao nosso redor, sem a necessidade de iniciações formais.
  2. Hoodoo Adaptado ao Brasil: Uma versão do Hoodoo moldada pelas nossas realidades e particularidades, sem perder sua essência de auto-defesa e conexão com a terra.
  3. Bruxaria Prática e Independente: A magia, no Evoki, é uma ferramenta de transformação pessoal. Não se trata de pedir para que deuses realizem os desejos, mas de entender que a magia é a energia capaz de manifestar intenções no mundo físico.

A Importância da Evocação

Evoki deriva da palavra “evocar”, e isso é central na prática. A capacidade de pedir e manifestar o que se deseja é um elemento crucial. Mateus 7:7-8 da Bíblia ilustra isso claramente: “Peçam, e será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta será aberta”. O ato de evocar, no Evoki, é um processo contínuo e intencional. Não basta apenas pedir uma vez; é necessário praticar a evocação diariamente, com foco e persistência, até que o pedido se torne realidade.

A Evolução do Evoki

O conceito de Evoki não surgiu da noite para o dia. Ele é o resultado de anos de práticas, estudos e reflexões. Cada live, workshop e discussão contribuiu para sua formação, e ele continuará a evoluir conforme novas experiências se somam à jornada. No entanto, a essência do Evoki sempre estará enraizada na autonomia e no controle do praticante sobre sua própria realidade.

Quebrando Conceitos e Regras

Um dos princípios fundamentais do Evoki é a rejeição de conceitos limitadores. Por exemplo, a chamada “Lei do Retorno” ou “Lei do 3 x 3”, amplamente adotada por bruxas modernas, não tem aplicação dentro do Evoki. Segundo esse princípio, tudo o que uma pessoa faz retorna a ela triplicado, o que, no Evoki, é questionado com base em uma visão mais pragmática e menos punitiva. Se você está protegido por forças espirituais e justifica suas ações, a ideia de punição se invalida.

Por fim: Evoki Como Caminho de Autonomia

Evoki é, acima de tudo, um caminho de liberdade e controle pessoal. Ele propõe que cada indivíduo pavimente suas próprias estradas, tomando as rédeas de suas práticas espirituais e de sua vida. Ao adotar o Evoki, você está construindo sua própria jornada, sem depender de regras impostas por tradições ou dogmas que não ressoam com quem você é. Nos próximos passos, exploraremos mais profundamente a bruxaria dentro do Evoki e como ela se relaciona com as outras práticas envolvidas.
Com o Evoki, o caminho é seu.

ADIÇÃO 01

Uma breve revisão, pra ver se você entendeu direitinho…

O Evoki, em sua essência, já foi apresentado como um modo de vida que integra elementos do Voodoo, Hoodoo e bruxaria de maneira independente e personalizada. No entanto, para aprofundar a compreensão dessa prática, é importante revisitar alguns detalhes que, embora não explorados na versão principal, adicionam nuances importantes à estrutura do Evoki.

O Contexto Brasileiro: Voodoo e Hoodoo no Brasil

Em fevereiro de 2024, ainda não existem peristilos de Voodoo no Brasil, o que significa que o Voodoo como religião, com todas as suas iniciações formais e conexões espirituais com a terra mãe dos Loas, não se estabeleceu plenamente no país. Isso reflete uma questão mais ampla de como o Voodoo, diferente do Hoodoo, demanda uma conexão com o Haiti. No Evoki, é reconhecido que o Voodoo só pode ser praticado de maneira plena em seu local de origem, respeitando suas raízes e tradições, enquanto o Hoodoo, por ser uma prática mais flexível e adaptável, encontrou ressonância em solo brasileiro.

É importante destacar que o Voodoo observado no Brasil pelo Evoki não é uma prática sacerdotal, mas sim observacional. Isso significa que, em vez de rituais formais e hierárquicos, o Voodoo no Evoki se manifesta através da percepção das forças da natureza e dos Loas em elementos cotidianos, como o vento, as árvores, a água. Não há necessidade de uma estrutura formal de iniciação para sentir a presença dessas forças.

A Influência da Cultura de Trabalho no Brasil

Uma das grandes barreiras para a prática integral do Voodoo no Brasil é a necessidade de se adaptar à realidade social e econômica do país. Ao contrário das comunidades haitianas, onde o Voodoo pode ser praticado em âmbito familiar e comunitário, aqui as pessoas precisam trabalhar e lidar com diferentes formas de sobrevivência. As famílias brasileiras muitas vezes não compartilham a mesma religião, o que torna ainda mais difícil a criação de um ambiente coeso para a prática coletiva de uma espiritualidade ancestral como o Voodoo.

Além disso, a comercialização da espiritualidade é um ponto de discussão crítico. No Brasil, assim como em outros países, há uma tendência de transformar práticas espirituais em produtos de mercado. Muitas vezes, o Hoodoo é retirado de seu contexto original e vendido como um pacote mágico, distanciando-se de sua função primordial de auto-defesa e proteção para a população negra. Essa apropriação comercializada do Hoodoo é um risco que o Evoki busca evitar, mantendo a prática conectada à sua essência de resistência e empoderamento.

Refinando o Poder de Evocar

No Evoki, a prática de evocação não é simplesmente pedir de maneira mecânica. Através de uma rotina de orações e pedidos diários, o praticante refina seu poder de evocação, tornando-o mais eficaz e alinhado com suas intenções. Como mencionado anteriormente, essa prática exige comprometimento, e um dos exemplos dados é a oração noturna. Ao orar todos os dias antes de dormir, você fortalece sua capacidade de pedir o que deseja com clareza e precisão.

Essa prática também envolve uma reavaliação das crenças e limitações pessoais. No Evoki, não há espaço para o pensamento automático ou adestrado; cada ação é pensada, questionada e refletida, de modo a garantir que o praticante saiba exatamente por que está fazendo o que está fazendo. A evocação, assim, se torna uma ferramenta poderosa de transformação, não apenas espiritual, mas também interna.

Por Que o Evoki Surge Agora?

O surgimento do Evoki é o resultado de mais de uma década de prática e reflexão. Ele foi moldado pelas discussões em grupos de magia, workshops de Hoodoo e Voodoo, e pelas muitas lives transmitidas ao longo desse tempo. Essa longa jornada permitiu que o Evoki se consolidasse como um modo de vida único, construído a partir das experiências de seus praticantes e de suas vivências espirituais e sociais.

O Evoki não é uma invenção recente; ele é fruto de uma evolução contínua. Ao longo dos anos, a prática foi se refinando, incorporando novos elementos e se adaptando às mudanças de contexto e de percepção. O que vemos hoje é o reflexo dessa trajetória, um modo de vida que acolhe o aprendizado e a transformação como parte essencial de sua estrutura.

Explorando a Bruxaria Dentro do Evoki

Nos próximos passos, o Evoki irá focar na exploração da bruxaria dentro de sua prática. A proposta é investigar como a bruxaria pode ser praticada de maneira independente, sem a necessidade de submissão a deuses ou forças externas. A bruxaria, no Evoki, é vista como um ato de autonomia, onde o praticante é capaz de manifestar seus desejos diretamente, manipulando a magia de maneira consciente e sem intermediações.

Esse enfoque na bruxaria é um dos pontos centrais do Evoki, que se diferencia das práticas ritualísticas e dogmáticas de outras vertentes espirituais. O objetivo é pavimentar o caminho do praticante, permitindo que ele tenha controle total sobre sua jornada espiritual e suas escolhas.

A Totalidade do Evoki

Então, se a gente pensar Evoki é uma prática viva, em constante evolução – ela vive em quanto vivemos, se transforma conforme nos transformamos…
Ao mesmo tempo que respeita suas raízes no Voodoo, no Hoodoo e na bruxaria, ele se adapta às necessidades e ao contexto dos seus praticantes. Ele oferece um caminho de liberdade, onde cada pessoa é responsável por pavimentar sua própria estrada, sem depender de regras externas ou de tradições que não fazem sentido em seu dia a dia.

Ao integrar essas práticas, o Evoki oferece uma maneira única de viver, conectada às forças da natureza e ao poder da evocação. Ele não busca criar uma nova religião ou filosofia, mas sim oferecer um modo de vida que permita o crescimento e a transformação constante.

Nos próximos dias, à medida que nos aprofundamos nas práticas de bruxaria, Hoodoo e Voodoo dentro do Evoki, será possível entender como essa prática pode ser incorporada ao cotidiano de maneira prática, poderosa e transformadora.

ADIÇÃO 02

Vamos explorar alguns pontos Importantes, como o fenomeno “Bruxaria Moderna” por exemplo

O conceito de Evoki levanta questões profundas sobre a espiritualidade contemporânea, especialmente no que diz respeito à prática da bruxaria e sua comercialização. Em um mundo onde a figura da bruxa se tornou amplamente mercantilizada, o Evoki se posiciona como uma alternativa para aqueles que buscam autenticidade e autonomia em suas práticas mágicas. Esse terceiro texto explora as reflexões mais críticas contidas no conceito de Evoki, especialmente em relação à independência espiritual e ao questionamento das regras dogmáticas da bruxaria moderna.

A Comercialização da Bruxaria: Um Fenômeno da Modernidade

Nos últimos anos, a bruxaria passou por um processo de comercialização que transformou sua prática em um produto vendável, com cursos, livros, acessórios e até mesmo “pacotes de bruxaria” sendo oferecidos por todos os cantos. Essa transformação resultou na diluição de muitos dos princípios fundamentais que originalmente definiam a bruxaria como uma prática de autonomia e poder pessoal.

O Evoki critica essa tendência comercial, especialmente a figura da “bruxa sacerdotisa“, que muitas vezes é retratada como alguém que se submete a forças superiores para realizar seus desejos. No Evoki, a prática mágica deve ser uma manifestação direta do poder pessoal. O praticante não deve depender de deuses ou entidades para realizar magia. A figura da bruxa, nesse sentido, é alguém que exerce controle total sobre sua própria realidade, sem a necessidade de intermediários divinos.

Como Draja Mickaharic já observou, “a onipotência a nível humano só tem uma função: realizar desejos”. Isso reflete a visão de que, no final do dia, o objetivo da magia é trazer transformação para a vida do praticante. Pedir a deuses ou entidades para realizar essa transformação, segundo o Evoki, é uma forma de abdicar do poder pessoal.

O Questionamento da “Lei do 3×3”: Autonomia x Punição

Um dos pontos de maior discordância entre o Evoki e a bruxaria moderna é a noção de punição e as consequências mágicas associadas à Lei do 3×3. Segundo essa lei, tudo o que é enviado para o universo, seja positivo ou negativo, retorna ao praticante triplicado. Essa ideia, amplamente aceita em muitas vertentes da bruxaria moderna, impõe uma moralidade rígida sobre as práticas mágicas.

No entanto, o Evoki questiona essa imposição de punição, vendo-a como uma limitação desnecessária à autonomia do praticante. A perspectiva aqui é que, ao justificar suas ações diante de seu próprio sistema de crenças e espiritualidade, o praticante está em harmonia com o universo, invalidando a aplicação da Lei do 3×3. O Evoki defende a ideia de que se o feitiço ou ação mágica é justificado perante as forças divinas ou espirituais com as quais o praticante se alinha, então não há razão para temer punições mágicas.

Essa crítica é especialmente relevante quando se analisa o histórico de opressão e controle que as bruxas enfrentaram ao longo dos séculos. A ideia de punição automática por ações mágicas erradas reflete, de certa forma, as mesmas dinâmicas de controle e opressão que levaram à perseguição de bruxas no passado. O Evoki propõe uma libertação dessas amarras, permitindo que o praticante aja de acordo com sua própria moralidade e entendimento espiritual.

Autonomia e Controle Pessoal: A Estrada Pavimentada pelo Praticante

Uma metáfora chave no Evoki é a ideia de que cada praticante deve pavimentar sua própria estrada. Isso significa que, ao contrário de seguir trilhas pré-estabelecidas por dogmas, tradições ou regras externas, o praticante deve ser o arquiteto de sua própria jornada espiritual. Se outros pavimentam o caminho por você, diz o Evoki, você não está no controle.

Essa autonomia é o que diferencia o Evoki de muitas outras práticas espirituais. No Evoki, o praticante é responsável por suas escolhas, ações e consequências, não dependendo de uma estrutura hierárquica ou de crenças imutáveis para guiar sua vida mágica. Isso cria uma espiritualidade fluida e adaptável, que responde às necessidades individuais de cada praticante.

A Liberdade Mágica no Evoki

O Evoki, como prática espiritual, desafia muitos dos conceitos estabelecidos pela bruxaria moderna e outras tradições esotéricas. Ele rejeita a comercialização da espiritualidade, a submissão a deuses para realizar magia e a ideia de punição automática através da Lei do 3×3. Em vez disso, promove a autonomia, o controle pessoal e a liberdade para pavimentar seu próprio caminho espiritual.

Essa prática, longe de ser uma rebelião inconsequente, é uma afirmação da liberdade do indivíduo em sua busca por transformação pessoal e mágica. No Evoki, cada pessoa tem o direito e o dever de controlar sua própria magia, sem depender de regras externas ou de estruturas espirituais que limitam seu poder.

ADIÇÃO 03

Evoki / Voodoo & Hoodoo

No decorrer dos textos anteriores, muita coisa foi dita sobre o Evoki, a prática de Hoodoo e a observação do Voodoo. Porém, existem nuances que ainda não foram completamente exploradas. Vamos tratar desses pontos agora, pois são aspectos fundamentais que dão profundidade ao que é o Evoki. Assim, no futuro, não esqueceremos do que realmente importa.

Os Loas: Forças da Natureza ou Algo Mais?

Quando falamos dos Loas no contexto do Voodoo, há uma percepção comum de que eles são espíritos poderosos, intermediários entre os seres humanos e o divino. Porém, no Evoki, essa visão ganha uma profundidade diferente. Aqui, os Loas não são apenas espíritos de forças naturais, eles são as forças da natureza. O rio não abriga o espírito de um Loa, o rio é o próprio Loa. A floresta, as tempestades, o vento, tudo isso é a manifestação direta dessas entidades.

Essa maneira de entender os Loas transforma a relação do praticante com o mundo ao seu redor. Não estamos simplesmente invocando forças espirituais invisíveis; estamos interagindo diretamente com o que vemos e sentimos. Quer conhecer o Loa da água? Toque a água, sinta o movimento dela entre seus dedos. Quer se conectar com o Loa da floresta? Encoste em uma árvore, sinta a textura da casca, respire o ar que circula entre as folhas.

Essa visão é profundamente simbólica e prática ao mesmo tempo. Ela nos lembra que, no Evoki, o espiritual e o físico não são divisões distintas, mas uma única realidade fluida e integrada. Essa forma de ver o mundo é essencial para quem deseja mergulhar no Evoki, pois nos ensina que a magia não está em algum lugar distante — ela está aqui, agora, nas coisas mais simples e cotidianas.

O Poder da Palavra no Evoki: Evocar para Materializar

Outro ponto que merece atenção é o poder da palavra dentro do Evoki. Como o próprio nome sugere, o Evoki tem suas raízes na palavra “evocar”, ou seja, chamar, atrair, trazer à tona. No entanto, essa ideia vai muito além da simples definição linguística. No Evoki, a palavra é uma ferramenta mágica poderosa, capaz de transformar realidades.

Essa ideia está alinhada ao ensinamento bíblico que diz: “Peçam, e será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta será aberta”. A palavra falada, no contexto do Evoki, carrega a força de manifestar desejos. Quer prosperidade? Diga. Quer ser desejado? Fale. Tudo começa na palavra.

A prática de falar o que se deseja repetidamente, com intenção, é um dos pilares da magia do Evoki. Isso não significa simplesmente “pedir” ao universo de forma passiva, mas proclamar aquilo que se quer até que o ambiente ao redor responda a essa declaração. Esse hábito de falar diariamente, orar ou evocar o que se deseja cria uma mudança interna e externa. As palavras afetam tanto o praticante quanto as energias que o cercam.

No Evoki, entende-se que o que é falado com convicção molda a realidade. É uma prática que exige disciplina e consciência. Não se trata apenas de dizer palavras vazias, mas de refinar a fala como uma ferramenta mágica, transformando desejos em comandos.

O Evoki Como um Modo de Vida: O Diálogo Contínuo Entre Você e o Mundo

O Evoki, portanto, não é apenas uma prática espiritual ou uma forma de magia — ele é, fundamentalmente, um modo de vida. Não estamos apenas fazendo feitiços ou observando a natureza de longe. Estamos em um diálogo contínuo com o mundo ao nosso redor. Estamos sempre evocando, sempre interagindo com as forças que constituem a realidade.

Ao viver o Evoki, você se torna um participante ativo na construção do seu próprio caminho. E isso não é apenas uma metáfora — você literalmente pavimenta as estradas por onde anda. Não é outra pessoa que decide seu destino; não são forças exteriores que controlam seu futuro. É você, com suas palavras, suas ações e suas escolhas, que cria a estrada por onde vai caminhar.

Não Esqueça: O Poder Está em Suas Mãos

No final, a lição mais importante do Evoki é a de que o poder está em suas mãos. Se outros pavimentarem o caminho por você, você não estará no controle da sua vida. E estar no controle é essencial. A bruxaria, o Hoodoo, o Voodoo observacional e, por fim, o Evoki — tudo isso converge para um ponto: autonomia espiritual.

Por isso, lembre-se de que o que você fala e o que você toca são expressões diretas do seu poder. Ao interagir com o mundo ao seu redor, seja com palavras ou com ações, você está moldando sua realidade. E o Evoki é exatamente isso: viver em harmonia com as forças que nos cercam, sabendo que somos os criadores do nosso próprio destino.

Então, agora que conversamos sobre essas coisas, não deixe para depois. Não espere o futuro para lembrar o que é essencial. Viva o Evoki todos os dias, pavimente suas estradas e evoca seu poder sempre que precisar. Você está no controle.

Estou trabalhando em um Curso sobre Evoki, você tem interesse em ser parte disso? 

 

Com Carinho, Kefron I