Quem sou? De Onde vim? Para onde Vou – perguntas clichê, né?
Eu olho para o mundo (como quem olha para um mapa geográfico…) – então ao meu ver existe apenas dois mundos, o Físico – Real e Palpável, e o Espiritual – imaginário (porque se imagina, né? Não significa que é fantasia, significa que temos o poder de ver algo que não existe nesse mundo real…) e místico…
Então esses mundos nos visitam o tempo todo, seja pela figura dos nossos amigos, seja pela figura de outras pessoas mais distantes, que chegam até nós através de terceiros – pelas suas vivencias, pelas realidades que elas enfrentam, e pela realidade que se apresenta a elas…
Mas e quando a gente mistura tudo, o que acontece? Bom, eu sempre penso que acabamos criando confusões – e essas confusões acabam se tornando a “nova realidade”, quando percebemos estamos vivendo imerso a problemas que nem mesmo nós (que criamos esses problemas…) conseguimos sair dessa.
Então vamos dar só uma organizada para poder conversar sobre essas duas nuances do “Mundo”.
Espiritualidade é para todos? Esta para todos? Todos têm contato com o mundo espiritual?
O que cabe ao mundo espiritual? E o que cabe ao mundo real? E o que deve ser tratado como coisas do mundo real, e o que deve ser tratado como coisas do mundo espiritual?
Vamos conversar com base nessas perguntas, ok?!
Não vivemos mais em uma sociedade tribal, onde o destino da tribo era guiado pelo mundo dos espíritos, através do homem velho ou da mulher velha, que falava com o espirito.
O mundo mudou e se tornou globalizado ou seja, toda as pessoas se tornaram interligadas de alguma forma e isso se deu por conta da internet e outros meios de comunicação que permite aqueles que tem voz, ir ao coração daqueles que estão abertos a ouvir.
Assim, o mundo não é mais tão espiritualizado como antes, pelo contrário, o mundo está perdendo cada dia que passa, mais e mais campo espiritual, da mesma forma que as geleiras dos polos árticos e antárticos, perdem massa! Não estamos mais ligados a “fonte de todas as coisas” que chamo de “Antepassados” – sabe aquelas perguntas clichê de autoajuda e analise que sempre surgem “de onde você veio”, “quem é você” e “para onde você vai…” – você veio de uma grande linhagem de homens e mulheres, alguns poderosos e outros nãos, alguns com historias incríveis e outros nãos, alguns muito felizes e prósperos e outros tristes e pobres… você é o resultado desses muitos homens e mulheres que vieram antes de você, e é tua responsabilidade levar como “brasão” a frente do teu peito, a sua “herança” que é a sua “honra”, que é sua “ética” que é a sua “moral”, que você herdou de seus pais e mães – veja, a carga preciosa de um ancestral não esta em posses para a matéria, mas em posses para o espirito, para o seu espirito -, e para onde você é vai, será onde você será levado, no coração dos homens e mulheres que passarem por você – sejam através de ti, porque nasceram de ti, ou através de ti porque passaram por ti… – engraçado, eu sei dessas coisas hoje e elas me são tão familiares, porque eu passei muitos anos para entender elas.
Espiritualidade não é para todos, porque existem pessoas que se perderam no caminho, não tem mais contato nenhum com seus antepassados, a fonte secou, e isso faz com que essas pessoas se percam… se tornem confusas, se tornem solitárias, se tornem vazias – e esses são sinais de que algo precisa ser resgato; não é pra todos porque nem todos a querem, e não esta ai pra todos, porque nem todos tem acesso… isso vai mudar? Não! Inclusive queria agradecer a todas as pessoas que leem nesse momento essas palavras e fazem de tudo para tentar ajudar os que estão próximos, oferecendo a eles, uma palavra amiga, e os ajudando a se encontrarem – mas estamos muito perdidos; eu ouso dizer que infelizmente muitos de nós chegou nos últimos suspiros da espiritualidade, quer saber porque? Estamos em um momento tão delicado em que começamos a “inventar” espiritualidade nova, porque a antiga, a vivida por nossos homens e mulheres, já não existe mais… a pergunta é: “como uma arvore sem raízes é capaz de sobreviver?”
Atualmente vejo muitas pessoas misturando espiritualidade com movimentos sindicais, movimentos trabalhistas, movimentos feministas, movimentos políticos… e isso me faz pensar que é, ou confusão mental – sabe, das ideologias e outras concepções internas da pessoa -, ou de alguma forma, a falta de espiritualidade, porque quer compensar de alguma forma…
Também estou meio que imerso em uma cultura atualmente, ou entrando em uma, onde noto que as pessoas querem levar espiritualidade aqueles que estão mais distantes dela – e que de alguma forma se sentem sem oportunidades nos meios espirituais, como aqueles que são negros, e vivem nas periferias, e dai não conseguem expor sua espiritualidade, porque de alguma forma, quem iria ver? Sabe…
Ao coração desses homens e mulheres, fortes e poderosos… espiritualidade ao meu ver, é o que você sente, ó que esta ao seu redor mas que você não pode moldar, é o que tu sente no sentindo de como o “espirito” fala com você… seja através do vento, do sol, do sorriso das crianças, ou de uma briga de um casal… como isso te afeta… porque é do espirito.
Causa, ideologia, luta… é aquilo que parte de você, da sua ação, para o mundo… coisas do mundo e para o mundo, não são espiritualidade, politica nunca deveria ser misturada com espiritualidade – exemplo clássico disso é a bancada evangélica na câmara – eles fazem bem aqueles que não são capazes de escutar outras vozes, mas eles fazem mal aqueles que não tem suas vozes ouvidas… eles fazem mal aqueles que são marginalizados, aqueles que estão nas periferias, aquelas minorias… e é isso o que continuamos fazendo ao sermos minorias, repetindo erros…
Devemos falar sobre Politica, claro! Devemos falar sobre politica como pessoas, que vivem num mundo real, e que são espiritualizadas – mas não devemos deixar que o nosso espirito molde a realidade, porque o espirito não sente, o espirito nos faz sentir…
Como sua realidade te afeta, e como o ESPIRITO FALA COM VOCÊ (porque isso é único e particular), é o que as pessoas querem OUVIR, elas querem saber como é ser você, e é sobre isso que devemos falar – talvez essa seja uma das coisas mais difíceis de se descobrir, mas a gente não pode ficar inventando “novas tecnologias” para poder responder a questionamentos, nós precisamos resgatar o poder que nos foi tirado, e a primeira coisa que devemos fazer para conseguir isso, recuperar esse poder é descobrir quem somos, de onde viemos e para onde vamos.
E por fim, feche o seu ciclo de coisas ruins, que te bombardeia o tempo todo com informações e noticias que te levam a caminhar caminhos duvidosos… pois somos uma grande célula, e você trás para dentro dessa célula aquilo que não é necessário a você e ao todo – se cerque de pessoas que te façam progredir – é difícil avaliar isso, mas sempre lembre-se do seu “sentimento” (tudo o que você sente) é importante, e se te causa desconforto, não tenha medo de seguir em frente… porque é pra lá vida, pra frente…
Texto Kefron Primeiro
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